"CABANAGEM" A MAIOR E MAIS SAGRENTA LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO, A EXTREMA-POBREZA, A FOME, AS DOENÇAS E POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA NO ESTADO DO PARÁ
Entre 1835 a 1840, uma sangrenta guerra entre os cabanos e as tropas do governo central se iniciou. As estimativas apontam que entre 30 a 40 mil pessoas morreram durante os cinco anos de combates.
Cabanagem - A Luta dos Cabanos
A revolta popular que aconteceu no dia 06 para o dia 07 de janeiro de 1835 à 23 de agosto de 1840 na província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará). Recebeu este nome, pois grande parte dos envolvidos era formado por pessoas extremamente pobres que moravam em humildes cabanas nas beiras dos rios da região, por isso eram chamadas de cabanos.
Vivendo em péssimas condições sub-humanas os mestiços e os índigenas estavam na miséria total sem trabalho e sem condições adequadas de vida, eles sofriam com a fome e doenças em suas pobres cabanas às margens dos rios da região do Grão-Pará. Não suportando mais o abandono do governo central no período regencial iniciou-se uma grande revolta "A Revolta dos Cabanos".
O governo nomeou um presidente na província do Grão-Pará que deixou os fazendeiros e comerciantes que faziam parte da elite local totalmente descontentes, por esse motivo eles se uniram na luta dos cabanos para conquistar a independência da província.
Os cabanos lutavam por melhores condições de vida, trabalho, moradia, remédios, comida e os
fazendeiros e comerciantes, queriam maior participação nas decisões administrativas e políticas. A cidade de Belém foi ocupada em 1835 pelo cabanos que colocaram na presidência da província Félix Malcher. Fazendeiro, Malcher fez acordos com o governo regencial, traindo o movimento. Revoltados, os cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre (sucedido por Eduardo Angelim).
O governo central brasileiro usou toda a força para reprimir a revolta que ganhava cada vez mais força, contando com o apoio de tropas de mercenários europeus, Após cinco anos de sangrentos combates, o governo imperialista conseguiu derrotar os cabanos deixando um rastro de morte e caus.
Lutas, armas e perdas:
Cabanos: 25.000 Indios e mestiços
Armas: Flexas, espingardas, facas e canoas
Império brasileiro: 3.000 voluntários Britânicos e Portugueses e 743 Soldados
Armas: revólveres, espingardas, canhão, fuzil e navios de guerra.
Vítimas 35.000 - 40.000
Mortos 35.000 - 40.000
Território:
A antiga Província do Grão-Pará abrangia os atuais estados do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia. Em 1850 foi criada a Província do Amazonas, desmembrada do Grão Pará por esta não aderir a Luta dos Cabanos.
O governo imperial brasileiro sobre o comando do regente Diogo Antônio Feijó quis entregar a Amazônia aos ingleses.
Segundo o antropólogo David Cleary, que encontrou documentos sobre o pedido de tropas aos ingleses. No século 19, porém, a Inglaterra, a nação mais poderosa de então, com uma das mais eficientes marinhas de todos os tempos, teve a possibilidade real de se apossar da Amazônia. Bastaria se aproveitar de um pedido feito sigilosamente, em dezembro de 1835, pelo representante do governo imperial brasileiro, o regente Diogo Antônio Feijó.
Ele autorizou que tropas britânicas (e também portuguesas e francesas) invadissem o Pará, atendendo a seu próprio chamado, e dessem combate aos rebeldes. Se seu plano fosse aceito, estrangeiros poderiam matar cidadãos brasileiros em pleno território brasileiro, com conhecimento e aprovação do governo nacional.
Onze meses após o desencadeamento da Guerra dos Cabanos, que foi o mais sangrento de toda a história brasileira (no curso do qual, em cinco anos, segundo alguns registros historiográficos, de 15% a 20% da população regional morreu, o que seria equivalente, hoje, a dois milhões de mortos).
Em abril de 1836, a tropa imperial brasileira e uma esquadra britânica realmente se encontraram no Pará, mas não da maneira pretendida por Feijó. Três navios de guerra foram deslocados de Barbados para Belém, pelo Comando Supremo das Índias Ocidentais, com a missão de exigir a prisão dos assassinos da tripulação de um navio mercante inglês, que fora pilhado cinco meses antes no litoral paraense.
O capitão Charles Strong encontrou uma província em pânico pelos violentos combates travados entre as tropas imperiais e os cabanos...
"Essa é uma outra parte da história que precisa ser contada. Nossas lutas cabanas são permanentes!"
(Toni Raízes)
Foi uma guerra bonita p.o nosso p.cabano k até hoje existe oposto orgulho de se cabano gostaria de existir na k.tenpo viva acbanajem
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